Amamentação
... pode evitar a morte de 800 mil crianças no mundo, diz estudo, além de diminuir as chances de câncer de mama e de ovário nas mães.
Amamentação
... pode evitar a morte de 800 mil crianças no mundo, diz estudo, além de diminuir as chances de câncer de mama e de ovário nas mães.
A Lancet, uma das mais importantes revistas de medicina do mundo, publicou um novo estudo sobre os benefícios da amamentação. Os números impressionam. O leite materno, até os seis meses, pode evitar a morte de 800 mil crianças no mundo. Evitaria ainda um terço das infecções respiratórias e metade dos casos de diarreia em crianças nos países de média e baixa renda. Isso poderia reduzir os custos de tratamento e gerar uma economia de US$ 300 bilhões em todo o mundo.
E esse estudo publicado pela Lancet foi coordenado por um cientista brasileiro. Para a técnica de laboratório Daiane Xavier, amamentar o pequeno Miguel, de seis meses, é um momento especial. Além da troca de carinho, é uma maneira de assegurar uma vida mais saudável para o bebê.
“Porque o leite materno contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê, e estamos na amamentação exclusiva e pretendemos continuar no mínimo até os dois anos de idade”, afirma Daiane. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é para que, até os seis meses de idade, os bebês se alimentem exclusivamente do leite materno. A partir daí, eles podem receber alimentos complementares. Mas a amamentação deve seguir pelo menos até os dois anos.
“No mundo, atualmente, as crianças, em média, são alimentadas menos do que deviam. Se elas passassem a ser amamentadas mais, conforme recomendam a Organização Mundial da Saúde, o Unicef e outras agências internacionais, seriam prevenidas 800 mil mortes de crianças por ano. Isso é 13% de todas as crianças que morrem por ano no mundo", diz o pesquisador César Víctora, da Universidade Federal de Pelotas (RS). O cientista coordenou um estudo com 30 pesquisadores de vários países durante dois anos. O grupo analisou mais de mil artigos sobre amamentação e concluiu que, nos países mais ricos, uma em cada cinco crianças é amamentada até os 12 meses, o que reduz em um terço as taxas de mortalidade infantil. Já nos países de baixa ou média renda como o Brasil, somente uma em cada três crianças mama no peito até os seis meses. “A segunda coisa que nós achamos é que poderia prevenir 20 mil mortes de mães por câncer de mama.
Essa ligação é porque o fato de amamentar altera uma série de características dos hormônios e essas mães, então, que amamentam, elas têm menos chances de ter esse tipo de câncer, relacionado com hormônios, que são o câncer de mama e o câncer de ovário também, que é uma causa importante de morte”, explica o pesquisador César Víctora. O vínculo entre a mãe e o filho poderia representar também uma economia de US$ 6 milhões, no Brasil. Isso se a amamentação em crianças com até seis meses chegasse a 90%. Esse dinheiro seria poupado com o tratamento de doenças comuns na infância.
Fonte: Bom Dia Brasil
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