Câncer de mama
Entenda mais sobre essa patologia e saiba como a Sonnar tem avançado nesse diagnóstico
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) detectou, em 2010, a estimativa de 49.240 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 49 casos a cada 100 mil mulheres no país, sendo que, na Bahia, são 26,95 para 100 mil. Segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, o câncer de mama, segundo o Inca, é o mais comum entre as mulheres e, a cada ano, representa cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres .
Os tipos de câncer de mama mais incidentes, de acordo com a mastologista da Sonnar, Dra. Monalisa Ferraz, formada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e com estágio na Universidade de Estrasburgo (França), são o carcinoma ductal (o que ocorre nos ductos) e o carcinoma lobular (o que ocorre nos lóbulos mamários). Esses dois juntos são responsáveis por 90% de todos os cânceres de mama, sendo o ductal responsável por 80% e o lobular por 10%. Menos de 10% são os menos incidentes: medular, mucinoso, tubular e papilar.
Sintomas e diagnóstico - Infelizmente, o câncer de mama inicial não causa nenhum ou quase nenhum sintoma. Em alguns casos, a mulher pode notar uma deformidade nas suas mamas, ou sentir um caroço que não sentia antes, ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo espontaneamente.
Nos casos mais adiantados, pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável. No carcinoma inflamatório, a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha. “É fundamental que a mulher conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como esses devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer”, alerta Monalisa.
A melhor maneira de se identificar o câncer de mama inicial é realizando os exames de imagem (mamografia e ultrassonografia) anualmente, além de comparecer à consulta com um mastologista regularmente. Alguns nódulos são palpáveis, sentidos pela própria paciente, porém outros não se conseguem palpar e só são evidenciados pelo especialista através da anamnese detalhada, exame físico e exames de imagem.
Se a mamografia ou ultrassonagrafia mostram uma lesão suspeita, o médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma ecografia para localizar bem o nódulo do qual será coletado o material, caso ele não seja facilmente palpável. Após a coleta, o material é examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se esta lesão pode ser um câncer ou não.
Sonnar - Na Sonnar, é oferecido o diagnóstico por imagem (mamografia digital e ultrassonografia), punção mamária guiada tanto pela mamografia quanto pela ultrassonografia, e a mamotomia, que é a retirada por completo da lesão mamária sem necessidade de cirurgia. Monalisa explica que as pacientes contam também com médicos especialistas (mastologistas) para consulta, avaliação dos exames e, se necessário, realização destes procedimentos de acordo com cada caso (quadrantectomia ou mastectomia, biópsia de linfonodo sentinela ou esvaziamento axilar e localização da lesão).
A Sonnar é uma clínica que possui um corpo de profissionais de saúde que auxilia, acompanha e apoia as pacientes em todas as suas necessidades e dificuldades. “Devido à disponibilidade de todos esses meios diagnósticos, temos condições de fazer a consulta e, até mesmo na mesma semana ou no mesmo dia, realizar a mamografia, ultrassom e, se necessário, a punção de mama, sendo possível diagnosticar mais precocemente um câncer de mama”, afirma Monalisa.
No cuidado com pacientes que perdem a mama, existe toda uma atenção especial, pois o trato deve ser delicado e o acompanhamento deve apoiar e esclarecer todas as dúvidas. A realização, sempre que possível, da reconstrução mamária imediata ou tardia é um grande passo para trazer um restabelecimento da mulher, de sua confiança e autoestima. ”Além do que, um acompanhamento psicológico é sempre muito importante nesses casos”, avalia Monalisa.
Riscos - Certos fatores da vida reprodutiva feminina estabelecem o desenvolvimento do câncer. A incidência aumenta de acordo com o avançar da idade. O risco cresce duas vezes quando existe histórico de câncer de mama em familiares de primeiro grau (mãe, irmã e filha) em relação às que não apresentam antecedentes. Ter filho e ter amamentado são fatores de proteção contra o câncer de mama: quanto mais filhos, maior a proteção.
O anticoncepcional deveria trazer benefícios, mas ele é visto por alguns especialistas como um dos fatores que aumentam os riscos de câncer. Questionada sobre o assunto, Dra. Monalisa esclarece: “Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama. Os estudos atuais apontam para certos subgrupos de mulheres que tiveram risco aumentado, como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez”.
Risco de desenvolver carcinoma de mama invasivo por faixa etária
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Tratamento - Apesar da crescente incidência do câncer de mama, observa-se que a mortalidade deste não apresenta crescimento proporcional, destaca a mastologista. “Assistimos, no último século, uma verdadeira revolução no tratamento do câncer de mama, resultando na identificação de tumores de menor dimensão e consequente melhor prognóstico”.
Atualmente, pode-se evitar o total esvaziamento da cadeia axilar, através da realização da biópsia do linfonodo sentinela, também pode-se realizar quadrantectomia nas pacientes com nódulos não palpáveis, através da localização dessas lesões e, por último, pode-se realizar a radioterapia intra-operatória em dose única em substituição à clássica radioterapia em pacientes selecionadas, esta última ainda em estudo.
A base principal para o tratamento do câncer de mama é a cirurgia, que pode ser conservadora (quando não retira a mama completamente) ou mastectomia (quando retira toda a mama). Quando se opta pelo tratamento conservador, obrigatoriamente deve-se realizar a radioterapia associada para maior controle do tratamento local. Para o tratamento sistêmico, temos a quimioterapia e a hormonioterapia (medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer).
“Com todos esses tratamentos disponíveis hoje em dia, a taxa de cura e sobrevida das pacientes com câncer de mama aumentaram muito nos últimos anos”, ressalta Monalisa. Para auxiliar no tratamento, os exercícios físicos podem ser utilizados, completa Monalisa, mas sempre com orientação médica juntamente com o fisioterapeuta, pois dependendo do tipo de cirurgia realizada, alguns exercícios devem ser evitados, como os de repetição, por exemplo.
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